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PM que executou esposa ameaçava a ex: 'Se me denunciar, eu te mato'

Em 18 agosto de 2022, a ex-esposa registrou boletim de ocorrência contra Thiago na delegacia da cidade por lesão corporal, ameaça e estupro, no contexto da violência doméstica.

Thiago Cesar de Lima | Reprodução
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A ex-mulher do policial militar Thiago Cesar de Lima, preso por agredir e matar a tiros a atual esposa Erika Satelis Ferreira no último domingo (03), revelou detalhes da época em que se relacionava com o acusado. Ao UOL, ela afirmou que viveu um casamento de dez anos marcado por agressões e era ameaçada se denunciasse: “Sou policial, você não é nada. Quem vai acreditar em você?”.

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“Era agredida com socos nos braços e nas costas, para que eu pudesse esconder as marcas com a roupa. Quando eu falava em denunciar, ele dizia: 'Se você me denunciar, eu te mato'. Em outras, respondia: 'Sou policial, você não é nada. Quem vai acreditar em você?'. Ele até já se ofereceu para me levar à delegacia, dizendo que eu iria passar vergonha lá”, explicou a mulher, que preferiu ser identificada apenas como Técnica de Enfermagem. 

Durante a investigação do crime contra Erika, foi descoberto que o PM já tinha sido acusado pela ex-mulher, a qual é mãe do filho dele, por agressão, ameaça e estupro. Os crimes ocorreram no ano passado na cidade de Franco da Rocha, em São Paulo.

Policial Militar agride e mata esposa a tiros após discussão em carro | FOTO: Reprodução

A Técnica de Enfermagem ainda detalhou que em uma certa vez o PM só não a matou “porque o filho chegou” na casa. Na ocasião, ela contou que estava “quase desmaiando” e viu “tudo escuro devido à falta de ar”. No entanto, a presença da criança não impediu que Thiago cuspisse no rosto da ex-mulher.

“Hoje, a palavra que me define é 'medo'. Ele me agredia muito. Se não tivesse dado basta, teria sido eu”, pontua.

Thiago e a Técnica de Enfermagem se conheceram “em uma igreja evangélica e, na época, ele trabalhava como assistente financeiro de uma empresa”. Segundo a vítima, o então marido “só começou a beber e a se tornar violento depois que entrou para a PM, em novembro de 2014”.

Thiago Cesar de Lima | FOTO: Reprodução

“Depois que nos separamos [em maio de 2022], ele só viu três vezes nosso filho de 7 anos. [O menino] ficava sentado no sofá com a mochilinha pronta, esperando pelo pai que nunca chegava. Nem imagino como vou contar para ele um dia [sobre o assassinato cometido pelo pai]”, completou a ex-mulher.

O policial Thiago Cesar de Lima responde a um processo pelas agressões contra a ex-mulher, que tramita em segredo de Justiça. Após a separação, ela disse à polícia que motociclistas rondavam a região onde morava em busca de informações sobre ela. A ex-mulher solicitou à Justiça uma medida protetiva que obriga o PM a manter distância de 100 metros dos locais onde ela está.

Veja o momento das agressões!



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