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No STF e Congresso, é possível jogar xadrez com os pombos?

Você faz sua jogada. E na vez dos adversários, eles derrubam as peças e sujam o tabuleiro.

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Quero assentar de antelóquio que em nenhum momento esse artigo vai entrar no mérito dos assuntos que estarão em tela.

Congresso e STF estão em rota de colisão em temas abaladiços: Descriminalização da maconha, expansão das possibilidades de aborto legal e demarcação das terras indígenas passaram anos dormitando em gabinetes legislativos sem definição. Agora que o Supremo resolveu pegar o touro à unha, a cizânia está escancarada.

No STF e Congresso, é possível jogar xadrez com os pombos? (Foto: Folhapress)

Senadores e deputados correm para reapresentar projetos, modificar propostas e votar tudo ontem, ainda antes do STF ‘legislar’. De quebra, com ameaça de travar a pauta do Congresso até verem seus apetites saciados.

Há alegações jurídicas à farta, de um lado e de outro, para justificar a quem cabe a competência de definir as balizas legais das matérias.

Independente disso, a participação da sociedade deveria ser considerada fundamental. Porém o Brasil das redes tribais com viés de confirmação, inviabiliza o cotejo de argumentos, estatísticas científicas e dados técnicos. O que sobrevém são arreganhos de preconceito explícito, lacração e arruaça virtual.

A interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação e a diferenciação entre usuário e traficante de droga pela quantidade do portador são questões civilizatórias e já pacificadas nas nações democráticas do mundo.

Mas aqui uma palavra gritada: “ABORTISTA!”, “SATANISTA!”, “MACONHEIRO!“ interdita o debate público.

É como tentar jogar xadrez com pombos. Você faz sua jogada. E na vez dos adversários, eles derrubam as peças e sujam o tabuleiro.



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