A comitiva formada por parlamentares da extrema direita, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, para assistir à posse de Javier Milei, na Presidência da Argentina incluiu um parlamentar cuja biografia não é exatamente a mais recomendada do ponto de vista legal. Trata-se do deputado federal Zé Trovão, que tem medida protetiva contra a ex-noiva, que o acusou de agressão. O parlamentar dividiu espaço no avião com o senador Ciro Nogueira (PP), o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, a sua colega Bia Kicis e outros.
Embora o nome do parlamentar, que já foi condenado por envolvimento em atos antidemocráticos e, até maio deste ano, frequentava a Câmara Federal usando uma tornozeleira eletrônica, não apareça nas reportagens sobre a passagem dos Bolsonaros e aliados pelo entorno da Casa Rosada, Zé Trovão foi flagrado em vídeo publicado nas redes sociais do deputado estadual cearense Carmelo Neto. Em outro momento, o político posou para foto do grupo, divulgada na rede social de Milei
No mês passado, a Justiça do Distrito Federal concedeu medida protetiva à ex-noiva do deputado federal atendendo à pedido da vítima. Ana Rosa Schuster denunciou ter sido agredida pelo parlamentar. O crime teria acontecido em Brasília, onde o casal vivia. O deputado foi denunciado com base na Lei Maris da Penha depois da vítima relatar que ele trntou enforcá-la após a agressão. O politico negou mas a medida foi concedida pela Justiá, que entendeu ter elementos para a decisão.
A Argentina é um dos países da América Latina onde houve maior fortalecimento das lutas feministas. Berço do Movimento "Ni Una a Menos", que se espalhou pelo continente e que propõe a união de forças sobre o machismo e a violência contra a mulher.
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